A proposta de reforma política que o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) do governo Lula produziu para apresentar ao Congresso proíbe governadores, prefeitos, senadores, deputados e vereadores de interromperem o mandato conquistado nas urnas para disputar outro cargo eletivo.
A idéia dos conselheiros do presidente Lula é impedir o chamado “trampolim político”, proposta polêmica e que dificilmente será aprovada. Na prática, esta é a segunda sugestão levada ao Planalto que divide os partidos.
A primeira, apresentada por juristas a Lula, previa a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusivamente para a reforma política. Diante dos protestos, o presidente – antes simpático à proposta – foi obrigado a recuar.
“O governo não vai propor uma Assembléia Constituinte”, disse o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro. “Não vejo demanda social forte para a convocação e, portanto, isso não deverá ocorrer.” Coordenador dos trabalhos do Conselhão – como o fórum de assessoramento de Lula ficou conhecido -, Tarso garantiu que a reforma política será prioridade da agenda do governo, no primeiro semestre de 2007, para o entendimento com a oposição.
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