Apesar das críticas feitas pelo PFL, até o momento as orientações da cúpula do PSDB para que Geraldo Alckmin assumisse uma postura mais crítica ainda não foram acatadas. No programa eleitoral apresentado hoje, o candidato tucano à Presidência da República se limitou a mostrar suas realizações à frente do governo de São Paulo e apresentou as propostas para o país.
O candidato afirmou que priorizará os pobres, pois antes de promover o crescimento é preciso minimizar as igualdades. As semelhanças com o discurso de Lula surpreenderam. Alckmin disse que ampliará o Bolsa Família aliando o programa a um projeto de melhoria da rede de água e esgoto, no qual pretende gerar empregos. Falou também que fará acordo com os laboratórios farmacêuticos para permitir a distribuição gratuita de medicamentos para a população carente.
O presidente Lula (PT), por sua vez, comemorou o crescimento da economia e listou uma série de números baseados em pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Argumentou que os trabalhadores conseguiram aumento real em 82% dos acordos salariais no primeiro semestre deste ano e disse que três milhões de brasileiros saíram da miséria, e que outros sete milhões migraram da pobreza para a classe média. "O Brasil está melhor do que antes", falou o presidente, acrescentado que durante seu governo foram criados seis milhões de novos empregos.
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Lula aproveitou o programa para ligar novamente sua imagem à bandeira vermelha do PT. Nos programas anteriores o partido havia sido praticamente excluído da biografia do presidente, o que gerou comentários da oposição dizendo que no próximo mandato de Lula o PT não teria voz.
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