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“Pela educação pública, em respeito aos nossos estudantes, dizemos aos paranaenses que a greve está encerrada. A luta continua no chão de nossas escolas”, anunciou o sindicato em uma rede social, na qual muitas pessoas que se identificam como professores lamentaram a decisão.
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“Não acredito que vou conseguir voltar [à sala de aula] de cabeça erguida, mas sim envergonhado. Poderíamos ter feito mais”, comentou um internauta. “Agora teremos que trabalhar aos sábados, por uma luta perdida”, disse outra pessoa insatisfeita. O sindicato respondeu que cerca de 70% dos presentes à assembleia votaram pelo retorno ao trabalho, que a vontade da maioria deve ser respeitada e que a categoria deve continuar unida.
A categoria aceitou a última proposta apresentada pelo governo estadual e receberá 3,45% de reajuste a partir de outubro. Na mesma rede social que utilizou para anunciar o fim da greve, o sindicato dos professores reconhece que o percentual concedido é inferior aos 8,17% de aumento que a categoria reivindicava, mas lembra que os dias parados não vão ser descontados do pagamento dos professores que, em contrapartida, terão que repor as aulas perdidas.
Em janeiro de 2016, os servidores devem receber novo aumento, com a inflação acumulada em 2015, mais 1 ponto percentual. A mesma medida deve ser tomada em janeiro de 2017.
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, também não serão abertos processos administrativos contra os diretores de escola que entregarem os relatórios mensais de frequência dos professores e funcionários e nenhum professor temporário será demitido por ter aderido à greve.
Com o fim da greve, iniciada em 25 de abril, cerca de 1 milhão de alunos matriculados em cerca de 2,1 mil escolas que estavam sem aula poderão retornar às escolas amanhã (10). A secretaria já adiantou que os 200 dias letivos e as 800 horas-aula exigidas pela Lei de Diretrizes e Bases serão cumpridos conforme um calendário de reposição das aulas que ainda vai ser elaborado e terá que ser homologado pelos núcleos regionais de Educação.
Além da duração, a paralisação dos profissionais foi marcada pelo excesso policial, ao impedir que grevistas e manifestantes se aproximassem da Assembleia Legislativa do Paraná, no dia 29 de maio. Pelo menos 170 manifestantes, na maioria professores, ficaram feridos na ação policial.
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