O primeiro-ministro italiano, o esquerdista Romano Prodi, se encontra hoje (27), às 15h30, com os presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no segundo dia de visita ao Brasil. Daqui a pouco, Prodi se reúne com o presidente Lula, com quem tem boas relações, no Palácio do Planalto. O tema da reunião será o estreitamento das relações comerciais entre Brasil-Itália.  

A visita do premiê italiano, que veio acompanhado  por empresários e ministros, é um prosseguimento das negociações de intercâmbio entre Brasil e Itália, visando facilitar a legislação em processos de extradição e cumprimento de pena.

A prisão no Brasil, na semana passada, do ex-terrorista da extrema esquerda italiana, Cesare Battisti, também deve ser discutido. Battisti é condenado à prisão perpétua em seu país, acusado de participar de quatro assassinatos no final dos anos 1970, o que ele nega. Romano Prodi elogiou a Polícia Federal pela prisão, e defendeu a extradição de Battisti, para que ele responda pelos crimes na Itália. Contudo, é o Supremo Tribunal Federal (STF) que decide pela extradição, mas desde que a justiça italiana faça o pedido.      

O primeiro-ministro Romano Prodi chegou ontem ao Brasil, e se encontrou em São Paulo com o governador José Serra (PSDB) e o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf. Na capital paulista, foram celebrados acordos nas áreas de crédito empresarial e uma parceria com a Petrobras, para a exploração de álcool em um país da África – provavelmente Angola.

A visita de Prodi ao Brasil é a terceira de um membro do governo italiano em menos de três meses. No dia 31 de dezembro, Lula recebeu o ministro das relações exteriores e ex-primeiro-ministro, Massimo D’Alema. No mês passado, o presidente da Câmara dos deputados da Itália, Fausto Bertinotti, esteve no Brasil, quando foi anunciado uma parceria entre os legislativos brasileiro e italiano. Uma comitiva de deputados brasileiros também vai visitar o parlamento italiano, mas a data ainda não está definida.  (Fábio Lino)