A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta sexta-feira (6) denúncia contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), com acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. A denúncia é um desdobramento da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, que apura esquema de financiamento ilegal de campanhas políticas e tem Pimentel entre os principais investigados.
A denúncia corre sob segredo de Justiça e será relatada pelo ministro do STJ Herman Benjamin.
Segundo a PGR, há indícios de que as empresas BRO e Bridge receberam dinheiro de outras suspeitas de terem sido beneficiadas por meio de atos que Pimentel assinou quando comandou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Os documentos foram assinados antes da disputa que elegeu Pimentel como governador de Minas, em outubro de 2014.
Em 2012, durante a gestão de Pimentel, o Ministério do Desenvolvimento anunciou o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar Auto), que previa a concessão às montadoras de crédito presumido por meio do Imposto sobre Produtos Industrializados. A PGR suspeita que uma montadora, a Caoa, firmou contrato fictício de consultoria, quando na verdade se prestava a fazer lobby junto ao ministério. Ainda segundo a procuradoria, pode ter havido de desvios de financiamento do BNDES para a Caoa, justamente devido à portaria assinada por Pimentel para assegurar os benefícios fiscais às montadoras.
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Grupos de consultoria, a Bridge e da BRO são ligados ao Benedito de Oliveira Neto, denominado na operação como Bené, apontado como o operador de recolhimento de recursos para Fernando Pimentel. Também alvo dessa denúncia da PGR, Bené está preso desde e o mês passado e negocia colaboração premiada com a Justiça, em troca de redução de pena.
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