A Procuradoria da República no Distrito Federal encaminhou no fim da tarde de ontem ao juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal, denúncia contra 116 pessoas envolvidas na invasão da Câmara pelo Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) no dia 6 de junho. Inicialmente, foram detidas 540 pessoas, das quais 42 foram presas em flagrantes pela Polícia Federal.
Em entrevista coletiva, os procuradores Gustavo Pessanha Velloso, Lívia Nascimento Tinoco e Vinícius Fernando Alves Fermino deram detalhes sobre o trabalho do Ministério Público no caso. Vinícius Alves Fermino contou que, dos 42 presos inicialmente, apenas 32 fazem parte do grupo dos denunciados. Segundo ele, ainda faltam esclarecimentos sobre a participação dos outros 10.
Fermino afirmou que o número de denunciados ainda pode aumentar, pois a polícia continua com o trabalho de investigação. O procurador também informou que todas as 540 pessoas detidas foram fotografadas e que a perícia da Polícia Federal vai continuar fazendo a comparação por semelhança com vídeos e fotos feitos no dia da invasão na Câmara.
A procuradora Lívia Nascimento Tinoco explicou que, devido ao alto número de réus é difícil estipular um prazo para a duração do processo. De acordo com ela, um fator que pode dar mais celeridade é que, como se trata de um crime contra a segurança nacional, qualquer recurso vai direto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministério Público informou ainda que pediu a soltura de 10 dos 42 integrantes do MLST que estão presos na Papuda e solicitou à Polícia Federal que continue investigando-os.
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