Já na esfera política, a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa (CLDF) decidiu arquivar o processo de cassação do mandato da deputada Liliane Roriz (PTB). Dos cinco distritais que compõem o colegiado, três votaram pelo arquivamento e um pelo prosseguimento da ação. Houve, ainda, uma abstenção, do deputado Lira (PHS).
Ricardo Vale (PT) foi o único favorável à cassação. Raimundo Ribeiro (PPS), Wellington Luiz (PMDB) e Telma Rufino (sem partido) preferiram o arquivamento.
Justiça
Na esfera judicial, o ex-governador Joaquim Roriz, suas filhas Jaqueline Roriz, Liliane Roriz e Weslliane Roriz e o neto Rodrigo Roriz, haviam sido condenados em primeira instância por facilitar dois empréstimos do Banco de Brasília (BRB), no valor total de R$ 6.742.438,84, para empresários da construção civil em troca de 12 apartamentos em Águas Claras.
Na decisão desta quarta-feira (19), o julgamento chegou a ficar empatado por 2 a 2, e precisou do voto decisivo do desembargador Sebastião Coelho, que optou pelo derrubar a condenação do clã Roriz. “Os familiares não tiveram qualquer participação na ação do avô [Joaquim Roriz]. Mas também não há uma assinatura do ex-governador. Se ele fosse responsável nesses autos, nenhum de seus familiares poderia ser responsabilizado”, afirmou Coelho.
Por meio de sua conta no Facebook, o advogado da família, Eri Varela, comemorou a decisão dos desembargadores. “É bom ter fé, no Direito e na Justiça. Após cinco anos de acusação, enfim, a Justiça reconhece a inocência de toda a família Roriz”, escreveu o defensor.
Com a vitória, Liliane Roriz, que é a única herdeira do ex-governador com mandato, continua a gozar dos direitos políticos e com possibilidade de continuar disputando e assumindo cargos públicos.
Câmara Legislativa
Na Câmara Legislativa Liliane Roriz era acusada de omitir despesas no valor de R$ 40.650,00 e de ter recebido dinheiro para sua campanha sem declarar na prestação de contas das eleições de 2010. Em agosto, o Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou a execução imediata da pena contra a deputada. O parecer do relator, deputado Rafael Prudente (PMDB) foi pelo arquivamento da ação.
Ela também é acusada de oferecer cargos na Câmara Legislativa e do Governo do Distrito Federal a Eurípedes Viana Santana e à sua mulher em troca de votos. Liliane foi condenada a dois anos e seis meses de prisão, além de multa pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral e corrupção eleitoral. No entanto, a pena de prisão foi substituída por duas penas restritivas a serem fixadas no momento da execução.Atualmente, a deputada está afastada do mandato por licença médica. Foi Liliane quem gravou e denunciou cinco colegas distritais que são investigados pela Operação Drácon por suspeita corrupção.
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