Em entrevista coletiva realizada há pouco na sede da Polícia Federal, em Brasília, o diretor de Combate ao Crime Organizado, Roberto Troncon, afirmou que a prisão preventiva do número dois da instituição, Romero Menezes, fortalece a imagem da entidade.
“A Polícia Federal tem dado prova, acredito, mais do que qualquer outra instituição desse país, que não importam quem [seja investigado], o trabalho é sempre feito com rigor. Pode ser o mais alto funcionário de qualquer poder ao mais baixo. O trabalho é feito de acordo com a regra do jogo”, disse Troncon, que assume o lugar de Menezes como diretor-executivo da PF.
Troncon negou que a prisão preventiva do diretor tenha sido uma iniciativa unilateral da PF. Segundo ele, o órgão apenas cumpriu uma decisão da Justiça. A prisão de Menezes foi pedida pelo procurador da República do Amapá, Douglas Santos Araújo, e executada pelo diretor-geral da PF, Luiz Fernando Correa.
Menezes é acusado de fazer uso do posto para beneficiar uma empresa gerenciada pelo irmão, José Gomes de Menezes Júnior, que pretendia obter autorização da Polícia Federal para atuar no setor de segurança. Com a licença, Junior prestaria serviços para o grupo EBX, do empresário Eike Bastisa.
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“As investigações foram conduzidas pela superintendência do Amapá. Em razão de estar em segredo de Justiça, não há prova cabal de nenhuma dessas condutas que estão provisoriamente imputadas ao diretor”, disse Troncon.
“Ao final da investigação a autoridade competente vai analisar e apresentar se há ou não elementos para permitir o indiciamento. A partir daí, o segundo filtro é do Ministério Publico para verificar se há elementos suficientes para ser fazer a denuncia”, explicou. (Erich Decat)
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