A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou na segunda prévia de janeiro e teve queda de 0,58%. No mesmo período de dezembro, o índice havia registrado leve alta de 0,05%. De acordo com dados divulgados hoje (21) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador acumula nos últimos 12 meses alta de 8%. O IGP-M é usado para balizar reajustes de aluguel e tarifas de energia.
Segundo a Agência Brasil, a queda registrada na segunda prévia foi influenciada pela queda de 1,09% no Índice de Preços no Atacado (IPA), responsável por 60% do IGP-M. Os itens que mais contribuíram para o recuo, de acordo com o estudo da FGV, foram tomate, minério de ferro e bovinos. Já os preços da soja em grão, do milho em grão e do leite in natura tiveram aumento, mas não chegaram a comprometer a deflação.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% da composição do IGP-M, teve alta de 0,59%, depois de subir 0,54% na segunda prévia de dezembro. Segundo a Agência Brasil, quatro das sete classes de despesa que compõem o índice tiveram elevação. O destaque foi o grupo educação, leitura e recreação (de 0,38% para 1,18%), principalmente cursos formais (que alcançou 1,68%). Também houve alta nos preços de transportes, alimentação e despesas diversas. Já os grupos habitação, saúde e cuidados pessoais e vestuário desaceleraram.
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Terceiro e último índice a formar o IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,15%, menos intensa do que a elevação de 0,25% observada na segunda prévia de dezembro. Os preços de materiais e serviços recuaram no período, passando de 0,38% para 0,29%. Já o custo da mão-de-obra não teve variação em janeiro, após alta de 0,10% na segunda leitura de dezembro. O INCC responde por 10% do IGP-M. Para calcular a segunda prévia do IGP-M de janeiro, a FGV comparou os preços vigentes entre os dias 21 de dezembro e 10 de janeiro. (Mário Coelho)
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