O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, saiu nesta quarta-feira (5) em defesa da secretária-geral de governo da Presidência da República, a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF). Após críticas feitas por membros do “Centrão” à gestão da deputada – chegando, inclusive, a cobrar seu cargo – Valdemar interviu, chamando a abordagem de “deselegante” e dizendo que nenhum dos grandes nomes do bloco – formado por parlamentares que tem uma atuação política pouco clara, com um apetite grande por cargos estratégicos e verba – não indicaram insatisfação com o trabalho dela.
“O Centrão não quer a saída da Flávia. Porque eu não vi nenhuma manifestação o Arthur Lira, do Ciro Nogueira, nossa, pelo contrário- nós queremos que a Flávia continue, porque ela fez o que pode fazer”, disse o dirigente, que referiu-se ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil que, nos tempos de senador, também presidiu o Partido Progressista.
Valdemar ironizou as reclamações de falta de verba, que seriam culpa da ministra, em sua visão: “Dinheiro vai faltar sempre.”
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Veja a íntegra do vídeo:
O presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto (PL-SP), gravou um vídeo, dirigido aos quadros do seu partido para rebater as críticas que a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF) tem recebido. pic.twitter.com/33UInwM5kR
— Partido Liberal – PL 22 (@plnacional_) January 5, 2022
O dirigente ainda aproveitou o vídeo para alfinetar as cizânias que existem dentro do grupo, hoje responsável por nacos importantes do governo de Bolsonaro, e com acesso direto ao manejo do Orçamento da União. “Nós temos que resolver nossos problemas nós que fazemos parte da base do governo, entre nós”, conclamou. O momento não seria de discussão pública, indicou Valdemar, já que Bolsonaro não estava em Brasília, mas sim internado em São Paulo ou de férias em Santa Catarina. Novamente, alfinetadas: “pessoal fica muito valente quando o Bolsonaro não está aqui”, disse.
A conclusão de Valdemar é que, com a volta de Bolsonaro para Brasília, os reclamões percam esta valentia. “Temos que nos entender”, disse.
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Os sinais de insatisfação com o mandato de Flávia Arruda começaram a surgir na imprensa no início da semana, pela imprensa. Em texto no jornal “O Globo”, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi apontado como um dos descontentes com a ministra – que tem como função gerenciar a relação com o Congresso. O valor reclamado pelo deputado seria seria superior a R$400 milhões. Ao jornal, o parlamentar disse que “não havia um único deputado satisfeito” em sua bancada, e que a atitude da ministra seria “falta de respeito”.
Valdemar, que comanda a máquina do PL, já foi condenado a a sete anos e dez meses de prisão pelo escândalo do Mensalão, e teve seu nome ligado também ao escândalo de corrupção da Lava Jato. O ex-deputado também conseguiu em 2020 o seu maior trunfo – filiar Jair Bolsonaro, visando as eleições de 2022.
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