O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, parabenizou a Polícia Federal (PF) pela investigação que acabou com a prisão dos hackers que invadiram seu celular. Nas redes sociais, Moro admitiu, porém, que é preocupante o alcance das atividades dos hackers. Afinal, nesta quarta-feira (24), a PF revelou que mais de mil celulares foram alvo do grupo, inclusive de outras autoridades.
> PF suspeita que Moro e Guedes foram vítimas do mesmo hacker
“Leio, na decisão do Juiz, a referência a 5.616 ligações efetuadas pelo grupo com o mesmo modus operandi e suspeitas, portanto, de serem hackeamentos. Meu terminal só recebeu três. Preocupante”, afirmou o ministro Sergio Moro no Twitter nesta quarta-feira, antecipando a informação da Polícia Federal de que muitas outras autoridades podem ter sido vítimas dos quatro hackers presos na Operação Spoofing. “Aproximadamente 1000 aparelhos telefônicos diferentes foram alvos desse mesmo modus operandi dessa quadrilha”, informou a PF.
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A corporação suspeita que até o ministro da Economia, Paulo Guedes, está entre as vítimas do grupo. Juízes federais, desembargadores federais e delegados federais também tiveram os celulares invadidos. Porém, a identidade dos outros possíveis hackeados não foi revelada. Apesar de a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) também ter dito que teve o celular hackeado, a PF também não comentou se deputados e senadores foram alvo do grupo.
No Twitter, Moro disse ainda que esses hackers são “pessoas com antecedentes criminais, envolvidas em várias espécies de crimes. “Elas, a fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime”, acrescentou o ministro, fazendo referência aos diálogos divulgados pelo site The Intercept. Editor do site, o jornalista Glenn Greenwald, por sua vez, voltou a garantir a autenticidade das mensagens que vêm sendo divulgadas há mais de um mês pelo Intercept.
> Entenda como hackers tiveram acesso a mensagens de Moro
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