Leia também
Leia mais:
Câmara aprova em segundo turno limite de gastos da União por 20 anos; texto vai ao Senado
Governo perde sete votos na aprovação do teto de gastos; veja como cada deputado votou
Os três parlamentares votaram contra a PEC 241 desde o primeiro turno, realizado há duas semanas. Mas o caso de Clarissa criou um problema político interno maior. É que a deputada, além de votar contra a matéria, considerada prioritária para o governo, postou nas suas redes sociais um vídeo criticando tanto o partido quanto a gestão de Michel Temer. Além disso, como vice-líder da bancada na Câmara, Clarissa ousou orientar a bancada a votar contra a emenda, após o líder do PR, Aélton Freitas (MG), já ter discursado pedindo voto dos colegas da legenda a favor da proposta.
As duas atitudes deixaram a direção nacional do PR indignada e decidida a expulsar a deputada, que já havia sido punida logo após a votação em primeiro turno. A reação da executiva nacional foi demitir os assessores que ela indicou para cargos da liderança na Câmara. Clarissa é filha do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, que também é do PR, e da prefeita de Campos de Goytacazes, Rosinha Garotinho, que teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na segunda-feira (24), por abuso de poder político e uso indevido de veículo de comunicação durante a campanha.
Rosinha, que já foi governadora do Rio de Janeiro (2003-2006), está no segundo mandato como prefeita de Campos dos Goytacazes, e o marido Anthony também devem deixar a legenda com a punição da filha. O casal e a filha tem um patrimônio eleitoral respeitável no Rio de Janeiro. A deputada poderá ficar sem filiação partidária até seis meses antes das próximas eleições. Se pretende concorrer ao próximo pleito terá que encontrar abrigo em outra sigla.
Os deputados Silas Freire (PR-PI) e Zenaide Maia (PR-RN) também serão julgador por desobediência à decisão da comissão executiva nacional que obrigada a votação a favor da emenda que limita gastos. Mas os dois parlamentares podem escapar da expulsão se justificarem seus votos com alguma desculpa plausível. os dois foram pressionados pelos respectivos governadores estaduais a votarem contra a emenda e terminaram votando contra os interesses do PR e do Planalto. Os dois podem ter os mandatos suspensos. O PR ainda é comandado pelo deputado cassado Valdemar Costa Neto, também condenado no mensalão e já em liberdade.
Deixe um comentário