O PPS apresentou na tarde desta segunda-feira (23) uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo investigação contra o ministro das Cidades, Mário Negromonte, e outros integrantes de seu partido, o PP. Ele é acusado de participar de reunião em que a sigla teria negociado a participação de empresa de informática em licitação milionária realizada pela pasta.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, as reuniões aconteceram no apartamento do deputado João Pizzolatti (SC), ex-líder da legenda na Câmara, e com representantes da empresa Poliedro Informática. O catarinense fazia a intermediação das conversas que giravam em torno de um contrato estimado em R$ 12 milhões, mas que, segundo a própria empresa, poderia chegar a R$ 60 milhões.
O documento foi protocolado em nome do líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR) que exige que o Ministério Público apure com rigor a denúncia. Segundo Bueno, a denúncia deixa claro que o esquema era fraudar a licitação. O deputado também pede que os promotores investiguem se houve prática de crima por parte dos citados na reportagem, já que a Lei das Licitações (Lei 8.666/93) poderia ter sido violada.
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Segundo a Folha, Negromonte participou de um dos encontros na casa de Pizzolatti. Dessa forma, a empresa de informática pode se aproximar da equipe do ministro a ponto de discutir o assunto com o governo antes de outros interessados. O jornal informou que após os encontros, o dono da Poliedro e um lobista foram recebidos no ministério por homens de confiança do ministro em agosto. O ministério quer contratar uma empresa que gerencie suas redes de computadores e monitore obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
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