A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de endurecer a regra da verticalização embaralhou as cartas das eleições deste ano. Além das declarações de políticos manifestando desacordo com a medida, o PPS anunciou que decidiu adiar a convenção nacional do partido, que seria realizada no dia 16, no Rio de Janeiro. A nova data ainda não está definida.
Em nota divulgada hoje, o presidente nacional do partido, deputado Roberto Freire (PE), criticou o TSE por uma decisão repentinamente, alterando as regras de um jogo já iniciado. “Esta lamentável incerteza jurídica transtorna o processo eleitoral e transforma os partidos em reféns das variadas interpretações, sempre discutíveis e extemporâneas, expressas a cada decisão do Poder Judiciário”, disse Freire.
Na convenção, o PPS discutirá se o apoio ao candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, será formal ou informal. A decisão do TSE pode forçar a legenda a fechar uma aliança formal com Alckmin.
O que mudou
Segundo a leitura feita pelo TSE, fica proibido aliança nos Estados de partidos que estiverem fora da campanha presidencial com siglas que apóiam candidatos ao Palácio do Planalto. Ele só poderá se coligar com partidos que também estiverem excluídos da disputa nacional.
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A outra mudança implantada ontem pelo tribunal, também no sentido de tornar a regra da verticalização mais dura, é que, se quatro partidos se coligarem na disputa presidencial, terão de repetir essa aliança em cada Estado ou cada partido terá de disputar a eleição estadual isoladamente.
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