Um dos presos pela Polícia Federal na Operação Castelhana, o ex-deputado federal Avelino Costa (PL-MG) teve 2,5 milhões deuros (US$ 3,27 milhões) bloqueados pela Justiça de Portugal. O valor, que seria sacado em 30 de novembro pela mulher dele, Maria Adelaide da Costa, foi retido porque excedia o limite máximo previsto pela legislação portuguesa, que é de 12,5 mil euros em dinheiro.
Avelino foi preso temporariamente em novembro numa operação da PF que descobriu um esquema de fraudes que fazia uso de sociedades anônimas offshore estabelecidas no Uruguai e na Espanha, em nome de "laranjas", para ocultar valores e bens de empresários brasileiros.
Dessa forma, esses bens permaneciam fora do alcance de possíveis cobranças fiscais e execuções judiciais. Entre as mais de dez pessoas presas na época, também estava o deputado eleito Juvenil Alves (PT-MG). A PF suspeita que o grupo tenha causado prejuízo de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
Segundo o Jornal de Notícias, de Portugal, a mulher de Avelino, tentou fazer o saque na agência do Banco Totta Santander de Vila Nova de Cerveira, cidade onde o ex-deputado nasceu, a 400 quilômetros de Lisboa. O dinheiro acabou sendo bloqueado por um juiz até serem concluídas as investigações sobre sua origem. O jornal afirma que as suspeitas são de que Avelino poderia estar implicado no caso do financiamento ilegal do PT mineiro nas últimas eleições.
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De acordo com o JN, o ex-deputado, que é proprietário do frigorífico Pif Paf, um dos maiores do Brasil, com faturamento de R$ 500 milhões no ano passado e 6,5 mil funcionários, teria obtido o dinheiro com a venda de dois imóveis em Lisboa. A transação teria sido declarada em Portugal. De acordo com o jornal português, uma equipe de agentes da Polícia Federal estaria seguindo para a Europa para acompanhar as investigações.
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