O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci será indiciado por falsidade ideológica, peculato, corrupção de agentes públicos, formação de bando ou quadrilha e superfaturamento. É o que afirma o delegado seccional de Ribeirão Preto Benedito Antonio Valencise.
O delegado investiga uma série de denúncias de irregularidades que teriam ocorrido no segundo mandato de Palocci na prefeitura de Ribeirão (2001-2002), nos contratos de limpeza urbana. "Não há por que não indiciá-lo. Há provas dos crimes e reafirmo tudo que declarei na CPI (dos Bingos)", garante.
Valencise também informou que deve fazer o indiciamento do ex-ministro junto com seu depoimento, ainda sem data marcada. O inquérito deveria ser finalizado até o final de março, mas provavelmente será prolongado por causa da saída de Palocci do ministério.
O promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Aroldo Costa Filho, disse que irá esperar a conclusão das investigações para decidir se oferece ou não denúncia contra Palocci. Ele acompanha as investigações na esfera criminal.
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O promotor ressaltou que as ações criminais, que foram arquivadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) durante os 39 meses em que Palocci esteve à frente da Fazenda, podem ser reabertas, se existirem novas provas. Como ministro, ele gozava do foro privilegiado, prerrogativa que lhe garantia o direito de ser julgado apenas pelo STF.
Além dele, também estão sendo investigados o ex-prefeito Gilberto Maggioni (PT), os secretários de governo Donizeti Rosa e Nelson Colela e a ex-superintendente do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto Isabel Bordini.
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