O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje que as prévias para decidir os rumos do PMDB nas eleições de 2006 são irreversíveis. Defendeu, no entanto, que a escolha do candidato próprio ou do apoio a outro partido seja definida em junho, quando ocorrem as convenções da legenda, e não no fim do mês, como está previsto.
“O PMDB definiu o rumo dele que é realizar as prévias, não há como se contrapor a isto”, disse hoje, após solenidade no Ministério das Comunicações para a assinatura para a criação de 35 telecentros – postos com acesso à internet – em Maceió (AL).
Renan sustentou que não pretende articular o adiamento das prévias. Porém, sugeriu que o partido apresente mais alternativas de pré-candidatos, como Roberto Requião ou Jarbas Vasconcelos, antes da escolha final. Ele admitiu que, se as prévias fossem hoje, não votaria pela candidatura própria à presidência da República, pois não daria apoio a Germano Rigotto ou Anthony Garotinho – os dois pré-candidatos da legenda.
“O PMDB já brigou tanto. Agora nós temos que somar esforços para, em tendo candidato, ir para o segundo turno e, quem sabe, ganhar a eleição”, afirmou, sem descartar, no entanto, uma aliança com o PT.
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Papel de governante
O parlamentar aproveitou a ocasião para desqualificar críticas dos tucanos em relação às viagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para inaugurar obras. Renan afirmou que Lula não pode deixar de exercer seu papel de governante por conta de intrigas de concorrentes eleitorais. Frisou ainda que, se a postura do presidente parece eleitoreira, é porque a emenda da reeleição, aprovada no governo Fernando Henrique Cardoso, abre brechas.
“Quem pariu Mateus que o embale. Essa coisa da reeleição acaba provocando tudo isso”, afirmou o peemedebista. “Acho que temos de acabar é com a reeleição”, completou. Renan disse também que a proposta que extingue a possibilidade da reeleição pode ser votada este ano no Congresso.
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