O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), afirmou há pouco que convocou uma reunião da bancada para a próxima quarta-feira (17), às 15h. De acordo com Raupp, a reunião servirá para o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), expor suas razões para concorrer à presidência da Casa.
Ao Congresso em Foco, o líder peemedebista revelou que está confiante em relação a uma definição sobre quem será o candidato da maior bancada da Casa. Questionado se apoiava a candidatura de Garibaldi, Raupp foi taxativo: “Sou favorável”. A eleição para a presidência do Senado ocorrerá em fevereiro do próximo ano.
A oposição já demonstra que pode apoiar a candidatura de Garibaldi Alves. Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), a candidatura de Garibaldi “transita bem entre a oposição”. “Estamos aguardando a definição do PMDB”, explicou. O vice-líder tucano explica que o ato de Garibaldi em devolver a MP 446, que anistiava entidades filantrópicas suspeitas de irregularidades, credenciou o senador potiguar a permanecer na presidência do Congresso.
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O tucano paranaense também avalia que a intenção de Garibaldi em permanecer no comando do Senado é “juridicamente perfeita”, tendo em vista que ele não pertenceu à Mesa Diretora eleita em 2007. Na época, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), foi eleito. O peemedebista alagoano renunciou à presidência do Senado em dezembro do ano passado, após inúmeras denúncias de irregularidades.
Para anunciar sua candidatura à reeleição, Garibaldi consultou o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Francisco Rezek e o especialista Luiz Rodrigues Wandier. Ambos teriam lhe garantido que, como assumiu a presidência por conta da renúncia de Renan, e não foi candidato anteriormente, não haveria problema legal em seu pleito.
No entanto, a candidatura de Garibaldi deve enfrentar forte resistência dos petistas, tendo em vista que o senador Tião Viana (PT-AC) disputará o pleito. Ao Congresso em Foco, a líder do partido na Casa, Ideli Salvatti (SC), destacou que considera a candidatura do senador potiguar uma “ilegalidade”. “Isso é ilegal. Não existe reeleição no Senado. E ele [Garibaldi] mesmo tendo assumido após a renúncia de Renan, foi eleito pelo plenário da Casa", argumenta Ideli. (leia mais) (Rodolfo Torres)
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