O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), candidato à reeleição, defendeu hoje que o partido tenha uma candidatura própria à Presidência da República em 2010, desde que ela não contrarie a coalizão do governo Lula. "O partido vai ter uma candidatura própria e dentro da coalizão. Nosso desejo é que tenhamos um candidato à Presidência apoiado por todos os partidos da coalizão. O PMDB é o maior partido e é evidente que vamos postular essa candidatura", afirmou Temer, ao chegar à convenção que vai homologar sua permanência no comando do partido pelos próximos dois anos.
Ontem, o ex-ministro José Dirceu afirmou que o candidato à sucessão do presidente Lula pode não sair do PT, mas de um dos partidos que compõem a base aliada do governo, inclusive o próprio PMDB. "Acho que a aliança do PMDB com o PT é a chave para uma coalizão, não só para dar governabilidade, mas para eleger o sucessor do presidente Lula", disse o ex-deputado, cassado em 2005 pela Câmara, acusado de ser o coordenador do mensalão.
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O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PMDB), que tentou ano passado ser o candidato do partido à sucessão de Lula, disse que ainda é cedo para tratar do assunto agora. "Não é o momento oportuno para tratar disso. Temos que esperar mais um pouco. Hoje o momento é para celebrar a vitória do presidente Temer", afirmou.
O presidente da Câmara, o petista Arlindo Chinaglia (SP), esteve no encontro do PMDB. Disse que foi agradecer ao partido pelo apoio à sua eleição no início de fevereiro.
Estão aptos a votar 564 convencionais (senadores, deputados federais, integrantes dos conselho e diretório nacionais, e delegados partidários). Como alguns têm direito a voto cumulativo, podem ser registrados até 782 votos. A convenção está prevista para terminar às 17h.
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