Por conta da nova interpretação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a respeito da verticalização, a Executiva Nacional do PMDB decidiu adiar a convenção nacional do partido. O encontro deveria ocorrer no domingo, mas até mesmo a ala favorável à candidatura própria concordou em realizá-lo entre os dias 17 e 22.
Na segunda-feira, a Executiva voltou a se reunir com governadores e candidatos do partido nos estados para definir o rumo do PMDB a partir da decisão do TSE. De acordo com a norma, partidos que não fizerem alianças em âmbito nacional só poderão se coligar regionalmente com partidos que também estiverem “soltos” no cenário eleitoral.
O presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), avalia que a tese da candidatura própria sai fortalecida com a mudança, já que de qualquer forma o PMDB perderia se optasse por apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) ou a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O partido tem aliança com PT e PSDB em vários Estados.
"Se os candidatos aos governos ficarem proibidos de fazer alianças é melhor que o PMDB tenha um nome na disputa presidencial para puxar votos para os nossos candidatos", observou Temer. Nesse cenário, o presidente do diretório paulista do partido, Orestes Quércia, já admite lançar sua candidatura ao governo do estado.
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Segundo o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE), aliado do presidente Lula, na reunião da Executiva foram avaliados quatro cenários: o partido ter candidato próprio, não lançar ninguém na disputa, apoiar Alckmin ou o presidente Lula. "Não conseguimos chegar a resultado nenhum", admitiu.
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