Mário Coelho
Manifestantes e policiais militares entraram em confronto há pouco em frente ao Palácio do Buriti, sede oficial do governo do Distrito Federal. Cerca de 2 mil estudantes, sindicalistas e membros de partidos de oposição estavam concentrados na praça em frente ao prédio desde as 9h. Com carros de som, faziam discursos pela saída do governador do DF, José Roberto Arruda (DEM), acusado de comandar um esquema de pagamento de mesada a parlamentares distritais e aliados.
A situação começou a ficar tensa quando parte dos manifestantes decidiu ocupar o Eixo Monumental, avenida que passa em frente ao Buriti. Com a resistência do grupo em desocupar a avenida e se retirar para o canteiro central, policiais da cavalaria partiram para cima dos manifestantes. Foram lançadas, então, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. O confronto ocorreu em frente ao Tribunal de Justiça do DF (TJDF).
Segundo dirigentes do PT, dois manifestantes ficaram feridos e outros dois foram presos. A polícia não confirma as prisões. O site tentou contato com a assessoria de imprensa da PM, que informou ainda não ter informações sobre o caso. Cerca de 100 manifestantes ainda estão nas proximidades do Tribunal de Justiça, onde aguardam a chegada de ônibus fretados que os conduzirão à rodoviária ou à Universidade de Brasília (UnB) em segurança.
Antes da confusão, integrantes do Movimento contra a Corrupção, que participou do protesto, disseram que o objetivo era mobilizar a população do DF para exigir a cassação do governador José Roberto Arruda. Durante a manifestação, foram colhidas assinaturas para encaminhar pedidos de impeachment do governador e do vice-governador Paulo Octávio e pedir punição para todos os parlamentares e colaboradores acusados de envolvimento no esquema.
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