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De acordo com matéria publicada no site da revista Veja, o governo avalia a possibilidade como inconveniente para o momento político. A reportagem diz ainda que dois auxiliares de Michel Temer procuraram ministros do STF para tratar do assunto e tentar adiar o encontro do plenário do Supremo. Outra justificativa é que Renan Calheiros só estará no comando do Legislativo até fevereiro de 2017, quando uma nova eleição será realizada no Congresso. E o feriado desta quarta-feira (2) também pode ajudar o peemedebista ao promover o esvaziamento do plenário. Para que a votação aconteça, dos onze ministros, ao menos oito deverão participar.
Para o relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, o possível adiamento da discussão pode ser negativo. “Precisamos definir essa matéria porque a época é propícia, já que não temos ninguém na linha de substituição do presidente da República na condição de réu no Supremo. Então, estaremos decidindo mesmo em tese. A matéria não tem complexidade maior”, disse.
“Estarei presente à sessão, pronto a fazer o relato, a votar e a ouvir. A sociedade precisa ouvir, até mesmo porque não podemos colocar em segundo plano o valor ético e moral. Todo adiamento é negativo e trunca a apreciação da matéria”, acrescentou Marco Aurélio.
Outro ponto que pode dificultar ainda mais a condição de Renan Calheiros na linha sucessória é a liberação do julgamento de uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo ministro Edson Fachin. Na ação, o senador peemedebista pode virar réu e passar a responder ação penal por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Entretanto, a data para análise dessa denúncia ainda não foi definida.
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