Após Nélio Machado, advogado de defesa do governador preso do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), dizer que seu cliente está preso em uma “masmorra”, a Procuradoria Geral da República (PGR) decidiu contra-atacar. O órgão divulgou na noite desta sexta-feira (5) imagens repassadas pela Polícia Federal da sala onde Arruda está alojado há quase duas semanas.
As imagens mostram uma sala com um beliche, um sofá, uma mesa, um pequeno armário e uma janela basculante. Além disso, o local conta com um aparelho de ar-condicionado. Porém, ao contrário do espaço anterior, quando Arruda estava alojado na sala de um diretor do Instituto Nacional de Criminalística, neste não tem banheiro. Quando precisa, o governador é escoltado por policiais até o banheiro mais próximo.
Arruda está preso desde 11 de fevereiro na Superintendência da Polícia Federal em Brasília por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele e outras cinco pessoas tiveram a prisão decretada por conta da tentiva de suborno do jornalista Edmílson Edson dos Santos, o Sombra. Ele é uma das testemunhas do inquérito 650DF, que investiga um esquema de propinas envolvendo o Executivo e o Legislativo local conhecimento como mensalão do Arruda.
Ontem, o governador preso sofreu uma dupla derrota. Primeiro, o plenário da Câmara Legislativa aprovou, por unanimidade, o parecer da Comissão Especial sobre os quatro pedidos de impeachment que ele enfrenta. Hoje, Arruda se recusou a assinar a notificação enviada pela Câmara Legislativa. Depois, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por nove votos a um, o habeas corpus protocolado pela defesa em 11 de fevereiro.
Deixe um comentário