O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, pediu hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra 15 acusados de envolvimento na venda de ambulâncias superfaturadas para prefeituras com recursos do orçamento da União – a chamada máfia das ambulâncias.
A Procuradoria-Geral da República não divulgou o nome dos primeiros investigados, pois existe a possibilidade de o inquérito correr sob segredo Justiça. Antonio Fernando disse ter encontrado indícios da participação de 15 parlamentares fraude. Os envolvidos serão indiciados por corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
No começo do mês, a Polícia Federal prendeu 44 pessoas durante a Operação Sanguessuga. Entre os presos havia empresários, ex-deputados, assessores parlamentares e do Executivo. A ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino entregou para aos agentes uma lista com 283 parlamentares suspeitos de participação no esquema.
O caso começou a ser apurado em comissão de sindicância criada pela Corregedoria da Câmara. Mas, na semana passada, a Mesa Diretora da Casa decidiu transferir as investigações para a PGR, isso depois de ouvir o delegado responsável pelo caso, alguns envolvidos e após ter tido acesso ao livro caixa da Planam, empresa central da fraude, que apontava pagamentos para parlamentares. Os parlamentares, no entanto, alegaram não ter informações o suficiente para concluir o trabalho.
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a Procuradoria enviaria o resultado das investigações para as Corregedorias da Câmara e Senado, que encaminhariam possíveis acusações para os Conselhos de Ética de cada casa.
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