Quatro dos cinco parlamentares do PFL acusados pela CPI dos Sanguessugas de envolvimento com a máfia das ambulâncias foram liberados ontem para disputar as eleições de outubro pela legenda. Apenas o deputado Almir Moura (RJ) não escapou da condenação e acabou expulso pela Executiva Nacional pefelista.
Os deputados César Bandeira (MA), Celcita Pinheiro (MT), Robério Nunes (BA) e Laura Carneiro (RJ) se livraram da acusação. Coincidentemente, entre os cinco acusados, Moura é o que teve a menor votação em 2002 – reuniu 34.081 votos.
Celcita Pinheiro obteve 59.663 votos e ficou atrás de Laura Carneiro, que conquistou 62.472. César Bandeira conseguiu 66.312 eleitores e Robério Nunes, o mais bem votado, reuniu 76.092. Apesar da constatação, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), negou que o partido tenha absolvido os parlamentares para garantir uma bancada maior no Congresso em 2007.
"Essa questão não foi levada em consideração. Analisamos caso a caso, os deputados tiveram suas defesas acolhidas, mas não encontramos provas contra eles. O PFL teve coragem de enfrentar o problema, enquanto há partidos que nem tomaram conhecimento", disse.
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O senador Edson Lobão (PFL-MA) argumentou que a comissão de ética do partido não conseguiu reunir provas contra os outros quatro parlamentares, apesar do relatório da CPI. Almir Moura teve o pedido de candidatura negado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro na semana passada devido à suspeita de participação na máfia das ambulâncias. A corte poupou Laura Carneiro também sob a alegação de falta de provas.
Sete parlamentares do PFL foram acusados pela CPI, mas Coriolano Sales (BA) e Marcos de Jesus (PE) pediram desfiliação do partido logo após a apresentação do relatório parcial da comissão. Sales renunciou ao mandato para escapar do processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara.
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