O PFL mudará de nome e comando a partir da próxima quarta-feira (28) . O partido passará a se chamar "Democratas" e terá como presidente o deputado Rodrigo Maia (RJ), ex-líder do PFL na Câmara dos Deputados.
Em entrevista coletiva hoje, o atual presidente do PFL, o ex-senador Jorge Bornhausen (SC), confirmou que a convenção prevista para quarta-feira, em Brasília, aprovará a troca de nome e a escolha de Maia. O filho do prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (PFL), será aclamado pelos convencionais porque não haverá chapa concorrente. "É um processo de reoxigenação", afirmou Bornhausen.
"O partido viveu bons e maus momentos. Viramos uma página para a modernidade. O mundo mudou. Temos que nos fixar na busca do poder com os mais jovens", disse, em referência à idade de Rodrigo Maia, que tem 37 anos.
Sobre o novo nome do PFL, Bornhausen explicou que o comando do partido preferiu excluir a letra "P" da sigla e deixá-lo apenas como "Democratas". "No estudo da lei, verificamos que não havia a necessidade a palavra ‘partido’ nem a sigla. Apenas uma abreviação. E o nome Democratas foi o que predominou na executiva nacional".
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E completou: "É o primeiro grito no combate ao populismo. Hoje há uma luta entre o populismo e a democracia". As novas plataformas do partido serão, segundo Jorge Bornhausen, direitos humanos, meio-ambiente, segurança pública, saúde, educação e habitação.
No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a sigla do "Democratas" será "DEM". O registro deve acontecer ainda esta semana, após a confirmação do novo nome na convenção de quarta.
Além da mudança de nome e presidente, o PFL aprovará a criação de um conselho político, e uma nova executiva nacional composta pelo presidente, por 14 vices-presidentes e outros integrantes.
Segundo Bornhausen, as mudanças foram motivadas pelo mau desempenho do partido nas últimas eleições. "É evidente que a curva descendente é conseqüência da falta de aumento do número de candidatos a deputados estaduais e federais. Precisamos, agora, reoxigenar o partido nas bases municipais para criar uma flexibilização", disse.
O PFL surgiu em 1985, como dissidência do antigo PDS. Um grupo de descontentes com a candidatura de Paulo Mafuf à presidência da República no Colégio Eleitoral do Congresso reuniu-se sob o nome de Frente Liberal para apoiar o candidato do PMDB, Tancredo Neves. Logo depois eles adotaram o nome de Partido da Frente Liberal, nascia o PFL. (Carol Ferrare)
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