Na madrugada desta quarta-feira (16), a Polícia Federal iniciou uma megaoperação para prender mais de 110 pessoas acusadas de sonegação fiscal. Batizada de Dilúvio, a operação é a maior já realizada pela PF. Ela envolve oito estados do Brasil e a cidade de Miami, nos Estados Unidos. Só em Imposto sobre Importação, o grupo é acusado de sonegar R$ 500 milhões nos últimos quatro anos.
A PF informou que estão sendo cumpridos mais de 200 mandados de busca e apreensão. Os detalhes da Operação Dilúvio serão apresentados ainda nesta manhã numa entrevista coletiva na sede da Polícia Federal, em Brasília.
Segundo a PF, esse é o maior esquema já constatado de fraudes no comércio exterior, sonegação, falsidade ideológica, evasão de divisas, cooptação de servidores públicos, entre outros. Os crimes foram cometidos por um grupo empresarial paulista com ramificações em diversos estados e até, mesmo, no exterior.
Os policiais estão executando mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Espírito Santo. Cerca de 950 policiais federais e 350 servidores da Receita Federal participam da operação.
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As buscas acontecem em residências, empresas, principais clientes, depósitos de mercadorias, escritórios de advocacia e de despachantes. A PF divulgou que entre os presos estão diretores e sócios de grandes distribuidoras de produtos importados
Segundo informações preliminares, o principal líder do grupo é um empresário paulista que morou no Paraguai e que possui uma elevada renda. As investigações revelaram que as empresas do grupo importaram mais de R$ 1,1 bilhão, nos últimos quatro anos.
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