O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto da Costa foi preso, nesta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro, na Operação Lava-Jato, deflagrada na última segunda (17) pela Polícia Federal para desarticular um grupo acusado de lavar mais de R$ 10 bilhões. Ele também é investigado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro por irregularidades na compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006.
A PF encontrou US$ 180 mil e R$ 720 mil na casa do ex-diretor da estatal. De acordo com a polícia, Paulo Roberto recebeu um Land Rover de presente do doleiro Alberto Youssef, preso pela operação e apontado como líder do esquema. O ex-executivo da Petrobras foi preso sob suspeita de ter queimado provas e documentos para obstruir as investigações. O mandado de prisão é temporário, vale por cinco dias.
Quando era executivo da Petrobras, Paulo Roberto e o então diretor da área Internacional, Néstor Cerveró, foram os responsáveis pela elaboração do contrato de compra da refinaria de Pasadena, objeto de investigação. Os dois são responsabilizados, pela presidenta Dilma, de ter repassado ao conselho administrativo da estatal um documento “falho” sobre o negócio, que causa prejuízo de R$ 1 bilhão.
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A Operação Lava-Jato levou à prisão de 24 pessoas. De acordo com as investigações, o grupo atuava de maneira clandestina no mercado de câmbio e era responsável pela movimentação financeira e pela lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e empresas acusadas de praticar diversos crimes, como tráfico internacional de drogas, corrupção, sonegação fiscal, contrabando de pedras preciosas e desvios de recursos públicos.
Os policiais batizaram a operação de Lava-Jato porque parte do grupo utilizava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para a lavagem de dinheiro.
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