O delegado Rodrigo Carneiro Gomes, da Polícia Federal, mandou ofício ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) pedindo explicações formais sobre o relatório que aponta a movimentação financeira atípica do caseiro Francenildo dos Santos Costa. O delegado quer saber quem acionou o Coaf e como o relatório foi produzido antes de ser encaminhado à PF. O relatório do Coaf, que reproduziu informações da Caixa Econômica Federal, foi o ponto de partida do inquérito que apura a origem dos R$ 25 mil em dinheiro recebidos pelo caseiro.
A Caixa enviou o relatório sobre "movimentação financeira atípica" do caseiro em 17 de março, sexta-feira, um dia depois de dois funcionários quebrarem o sigilo e emitirem um extrato da conta de Francenildo a pedido do ex-presidente do banco Jorge Mattoso. Só no dia 20, uma segunda-feira, o Coaf repassou o relatório à PF.
Em nota à imprensa quatro dias depois, o presidente do Coaf, Antônio Gustavo Rodrigues, informou que enviou o relatório à polícia sem acrescentar informações ao documento produzido pela Superintendência de Controles Internos da Caixa.
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Ontem, o Coaf divulgou nota dizendo que o pedido de informações da PF seria de "natureza estatística" e que não faz devassa em contas. E argumentou que aciona os órgãos competentes com agilidade.
A PF suspeita que Palocci acionou a Caixa e, em seguida, o Coaf para provocar a investigação sobre o caseiro. Em depoimento à CPI, Francenildo acusou Palocci de freqüentar em Brasília uma casa alugada por ex-assessores seus de Ribeirão Preto acusados de corrupção.
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