O advogado Gedimar Passos e o empreiteiro Valdebran Padilha, acusados de intermediar a negociação de um dossiê contra candidatos do PSDB, apresentaram contradições em seus depoimentos. O ponto de divergência diz respeito à origem do dinheiro (R$ 1,75 milhão) encontrado com eles no momento da prisão, na última sexta-feira (15), de acordo com reportagem de Juliana Michaela ao portal Terra.
Gedimar e Valdebran foram transferidos ontem (18) da sede da Polícia Federal em São Paulo para Cuiabá. No depoimento que presta aos delegados da PF, que dura mais de três horas, Valdebran disse não saber a origem do dinheiro. Gedimar havia afirmado, no depoimento que prestou em São Paulo anteriormente, que teria recebido os valores de uma pessoa chamada "Froude" ou "Freud".
A principal suspeita da PF é que o intermediário seja o ex-assessor da Presidência da República, Freud Godoy, que nega as acusações. Freud pediu afastamento do cargo ontem, quando seu nome foi envolvido nas investigações.
A PF pretende interrogar Gedimar e Valdebran ainda hoje. Com as contradições, aumentam as chances de uma acareação entre eles, o empresário Luiz Antonio Vedoin e o seu tio, Paulo Roberto Dalcol Trevisan, que teriam vendido o dossiê.
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