O delegado da Polícia Federal que investiga a quebra de sigilo ilegal do caseiro Francenildo Costa, Rodrigo Carneiro, deve entregar hoje o relatório parcial do inquérito à 10ª Vara da Justiça Federal. Ele vai pedir mais 30 dias de prazo para a conclusão das investigações.
Até o momento, três pessoas foram indiciadas no caso: o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, por quebra de sigilo funcional e bancário; o ex-assessor de imprensa do ministro, Marcelo Netto, por quebra de sigilo bancário; e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso, por quebra de sigilo funcional. Palocci ainda pode ser indiciado pelos crimes de prevaricação e denunciação caluniosa.
A PF já pediu a quebra do sigilo telefônico de Marcelo Netto, referente aos dias que antecederam a violação do sigilo. Netto é acusado de ter divulgado os dados bancários de Francenildo para a imprensa. Ele esteve no dia de 16 de março na casa do ex-ministro da Fazenda, data em que Jorge Mattoso informou ter entregado cópia do extrato de Francenildo a Palocci.
O secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, e o chefe de gabinete do Ministério da Justiça, Cláudio Alencar, também estiveram na casa de Palocci no mesmo dia. Em depoimento à PF, os dois confirmaram ter visto Marcelo Netto no local. Nesse dia, Goldberg e Alencar afirmaram que Palocci lhes disse que tinha informação de que havia dinheiro na conta de Francenildo incompatível com a renda dele.
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No início da semana, o advogado de Francenildo propôs uma ação de indenização na Justiça Federal pedindo R$ 17,5 milhões, a título de danos morais, pela violação do sigilo.
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