A Polícia Federal divulgou nota à imprensa ontem (sábado, 14) para contestar a matéria de capa da nova edição da revista Veja (clique aqui para ler uma síntese da matéria). Segundo a nota, são "levianas e fantasiosas" as informações de que a instituição autorizou ilegalmente um encontro entre o ex-assessor presidencial Freud Godoy e Gedimar Passos, que à época estava preso na carceragem da PF em SP.
Leia a íntegra da nota, da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo.
"NOTA À IMPRENSA
Em referência à matéria publicada pela revista Veja na edição de 18 de outubro de 2006, intitulada ‘Um enigma chamado Freud’, a Polícia Federal em SP vem a público dizer serem levianas e fantasiosas as informações que acusam a instituição da prática de graves ilegalidades, autorizando um encontro entre os personagens citados na matéria com o Sr. Gedimar Passos, custodiado, à época dos fatos, na carceragem da Superintendência Regional da PF em SP.
O texto da página 49 da citada revista apresenta relatos inverídicos e imprecisos e se baseia em manifestação anônima, supostamente escrita por "três delegados de polícia federal", conduta que, se verdadeira, se mostra incompatível com o exercício da função policial.
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Os presos, Gedimar e Valdebran, foram retirados da custódia por volta de 20 horas do dia 18 de setembro com destino à cidade de Cuiabá/MT. Antes, o Sr. Gedimar havia saído da cela unicamente para a realização da acareação, retornando às 17 horas. Tudo registrado em livro a que a citada revista teve amplo acesso.
Além disso, o agente federal Herculano não realiza plantão na carceragem da PF em SP, mas sim, chefia o referido núcleo, encerrando seu expediente diariamente às 18 horas. Não era, pois, o plantonista no dia 18.
Ressalte-se que o Sr. Freud Godoy apresentou-se espontaneamente na tarde do dia 18.09 (14h30), foi acareado com o Sr. Gedimar Passos por volta de 16 h30 e, após, deixou as dependências da PF em SP, sob a cobertura da imprensa nacional, não mais retornando ao prédio.
Igualmente mentirosa é a versão que o superintendente da PF em SP, delegado Geraldo José de Araújo, teria recebido telefonema do Exmo. Sr. Ministro da Justiça, indagando-o sobre eventual "respingo no presidente". Tal fato nunca ocorreu.
Observe-se que o APF Herculano realmente foi procurado por uma repórter da revista, contudo em todo o diálogo desmentiu categoricamente as afirmações da jornalista. Apresenta-se leviana, pois, a ilação da reportagem que assevera não ter o interlocutor confirmado nem desmentido os fatos.
Apesar de alertada sobre a total improcedência das ilações, inclusive diante de provas documentais, a revista Veja optou por tentar criar fatos para sustentar sua versão fantasiosa.
O Departamento de Polícia Federal não pratica e não admite a prática de ilegalidade, constituindo-se ‘polícia de Estado’, voltada unicamente ao combate à criminalidade e à garantia da ordem pública e da segurança da sociedade brasileira e atua com o firme propósito de esclarecimento de todos os fatos apurados no desdobramento das ações relacionadas à Operação Sanguessuga."
Matéria publicada em 15.10.2006. Atualizada pela última vez em 21.10.2006, quando foi feita uma pequena correção no texto.
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