Em depoimento à CPI dos Correios, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Paulo Lacerda, criticou a exigência de permissão judicial para busca e apreensão. Lacerda apresentou um histórico da atuação da PF e ressaltou que, até 1988, quando a Constituição foi promulgada, os policiais tinham autonomia para realizar buscas. "Se, de um lado, a medida freou a arbitrariedade e impediu que maus policiais usassem a prerrogativa para praticar corrupção, ela também diminuiu a agilidade dos processos", afirmou.
Durante a audiência, o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS), sub-relator de Normas de Combate à Corrupção, defendeu a criação de uma estrutura para coordenar as informações obtidas por órgãos controladores e fiscalizadores, como a Polícia Federal e as CPIs. "Temos que ter uma força-tarefa permanente para combater a corrupção", defendeu.
A idéia, segundo Lorenzoni, é reduzir os entraves existentes no combate à corrupção, como, por exemplo, algumas prisões preventivas consideradas importantes pela PF que não podem ser efetuadas. A audiência com integrantes da Polícia Federal prossegue na sala 6 da ala Nilo Coelho, no Senado.
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