A Petrobras finalmente chegou a um acordo com a Bolívia sobre a questão da exploração do petróleo boliviano. A empresa passará a ser prestadora de serviços no país, como queria o presidente Evo Morales.
O acordo, que precisa ser ratificado pelo Congresso Nacional brasileiro, foi firmado na noite de anteontem (sábado, 28) com o governo boliviano. Com isso, o imposto para a produção aumentará de 50% para 82%, mas, em compensação, a Bolívia assegurará o fornecimento de gás natural para o Brasil.
O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, comemorou o resultado das negociações e garantiu que, apesar do aumento da carga tributária, a rentabilidade da Petrobras será suficiente para superar o prejuízo.
"Temos garantido o fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos de gás da Bolívia por dia até 2019", afirmou o ministro. "Os dois lados cederam. A Petrobras nunca se opôs a ser uma prestadora de serviço, mas sempre lutou pela rentabilidade das operações e isso foi conseguido", explicou Silas.
O conflito diplomático entre Brasil e Bolívia começou quando o presidente boliviano, Evo Morales, assinou um decreto, em maio, nacionalizando as reservas de gás e petróleo do país. A Petrobras, principal exploradora do produto na região, ameaçou deixar a Bolívia caso a decisão não fosse revertida.
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Como Evo Morales havia determinado que a revisão dos contratos com as empresas fosse feita até a meia-noite de sábado (28) para aplicar as novas regras, depois de muita discussão e protestos a Petrobras aceitou parte das imposições bolivianas para colocar fim ao conflito.
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