Em reunião do diretório nacional do PT hoje pela manhã, em São Paulo (SP), lideranças do partido endossaram a afirmação feita ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que setores da oposição estão praticando "golpismo" contra seu governo.
"Há setores da oposição que são responsáveis e democráticos, mas é evidente que há setores golpistas", acusou o líder do governo no Senado, Aloisio Mercadante (SP). Ele observou que o fato de, nos últimos 60 anos, apenas três presidentes eleitos terem conseguido cumprir o mandato indica como "a vocação golpista das elites sempre esteve presente" no cenário político nacional.
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), também corroborou as declarações de Lula. "Setores da oposição pensaram em golpe sim, ao cogitar o impeachment", afirmou Fontana. Ele disse que a estratégia da oposição tem sido a de misturar denúncias que têm alguma consistência com denúncias totalmente inconsistentes.
Já o senador Eduardo Suplicy (SP) foi mais ameno em relação à acusação de golpismo. "Em algumas ocasiões a oposição tem exagerado na fórmula que tem agido, mas não creio em atitude, até agora, para derrubar o presidente.", afirmou Suplicy. "Acho que ainda não há este clima que aconteceu na Venezuela", acrescentou o senador petista, referindo-se ao golpe sofrido em abril de 2002 pelo presidente venezuelano Hugo Chaves, citado ontem por Lula.
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