A deputada Angela Guadagnin (PT-SP) votou contra a cassação do colega Roberto Brant (PFL-MG) no Conselho de Ética. O relatório do caso está sendo votado agora em reunião da comissão. O placar aponta três votos a favor e três contra ao texto do relator, Nelson Trad (PMDB-MS), que sugere a cassação do parlamentar.
O pefelista responde a processo após ter sido acusado pelas CPIs dos Correios e do Mensalão de ser beneficiário de recursos do “valerioduto”.
O voto de Guadagnin era uma incógnita entre os integrantes do Conselho. Apesar de ser do PT, a deputada tem adotado uma postura independente nas votações do Conselho. A petista enfatizou que a cassação não seria a melhor punição porque para Brant não ficou comprovada a existência do mensalão e defendeu uma pena alternativa.
“Não se deve aplicar pena alternativa, pois este é um caso de procedência ou improcedência do parecer”, contestou Ann Pontes (PMDB-PA), integrante do Conselho. "Os recursos eram destinados à campanha do deputado (Roberto Brant); se foram usados ou não, é outro problema", completou.
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Outro voto que também era um mistério até a manhã de hoje é o de Pedro Canedo (PP-GO). O deputado disse que foi pressionado pela cúpula de sua legenda a votar pela absolvição do pefelista, revelação que acabou adiando a sessão do Conselho nesta manhã. Depois, ao chegar à comissão durante a tarde, o progressista mudou o discurso e afirmou que recebera apenas uma sugestão de seu partido. No fim das contas, confirmou que pretende votar pela cassação de Brant.
Pelos cálculos dos partidos, a votação tende a acabar empatada, em sete a sete. Nesse caso, cabe ao presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), o voto decisivo. O petebista já afirmou que deve acompanhar Trad e votar pela cassação de Brant.
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