Mário Coelho
O deputado Domingos Dutra (PT-MA), um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores no Maranhão, caminha para o terceiro dia de greve de fome no plenário da Câmara, em Brasília. Ele iniciou o protesto ontem (11) após o diretório nacional do partido decidir que os petistas no estado devem apoiar a reeleição de Roseana Sarney (PMDB-MA). No fim de março, a Executiva regional do PT havia decidido pela aliança com o PCdoB, que lançou o deputado Flávio Dino para disputar o governo maranhense.
Junto com o deputado, também faz greve de fome no plenário da Câmara o líder camponês Manoel da Conceição, também co-fundador do PT no estado. “Já disse e repito que vencemos, no encontro no Maranhão, não só pela maioria dos votos, mas também ao enfrentar a máquina do Governo Estadual, a mídia do Sarney e o deboche da oligarquia”, afirmou o deputado. Pelo Twitter, Dutra tem feito uma espécie de diário do seu protesto. Neste sábado (12), ele disse que continuará a greve de fome “para defender a democracia e a liberdade dos maranhenses”.
“Enquanto Sarney comemorou com vinho e bacalhau a entrega do PT-MA à sua quadrilha, eu e Manoel permanecemos em jejum na defesa da democracia”, escreveu Dutra por volta das 21h30. No plenário, o deputado conta com um colchão fino e com um notebook, onde faz suas anotações no Twitter. Ele responde comentários de tuiteiros e até dá entrevistas pelo microblog. Chegou inclusive a adiantar que, mantida a coligação PT-PMDB no Maranhão, ele não vai se candidatar à reeleição. “Não serei candidato a reeleicao, nao aceito o meu nome junto com bandidos”, disse.
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