Dois bi-campeões olímpicos, Brasil e Estados Unidos disputaram há pouco o terceiro título no torneio de vôlei dos Jogos de Pequim. Deu EUA, por três sets a um (parciais de 20/25, 25/22, 25/21 e 25/23), que agora é tri-campeão olímpico na modalidade. Com o resultado, o Brasil encerra sua participação nas olimpíadas com três medalhas de ouro (com César Cielo, nos 50 m livre da natação; Maurren Maggi, no salto em distância; e o "amarelo-ouro" da seleção feminina de vôlei), quatro de prata e oito de bronze.
Em uma partida muito equilibrada, que reuniu as duas maiores potências mundiais do vôlei na atualidade – até as vésperas de Pequim, o Brasil reunia os títulos de campeão olímpico, mundial e da Liga Mundial de Vôlei –, o Brasil até chegou a vencer o primeiro set, no que parecia a vingança da última derrota para a equipe norte-americana, no Rio de Janeiro, no começo do mês, pela Liga Mundial.
Contudo, os fortes golpes de Stanley (seis a zero em saques no quarto set), com seus 2,05 metros, minaram a resistência do Brasil e os três sets seguintes foram vencidos pelos norte-americanos. O técnico brasileiro Bernardinho até que mexeu diversas vezes na equipe no transcorrer do jogo, como forma de deixar menos previsível a estratégia brasileira. Colocou seu filho Bruno no lugar do capitão Giba, nos últimos momentos do quarto set, para tentar reverter com o forte saque do segundo levantador os dois pontos de diferença da equipe norte-americana. Mas não teve jeito.
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“Saímos daqui de cabeça erguida”, sintetizou o levantador Marcelinho, que viu seu filho recém-nascido pela primeira vez durante os Jogos de Pequim, por meio das câmeras de televisão. Ao contrário de seu colega, Giba se retirou da quadra sem falar com a imprensa. Enquanto isso, Bruno chorava entre seus pares no banco de reservas, como retrato da impotência brasileira.
O meio de rede Gustavo, que completou 33 anos ontem (23), anunciou que deixará a seleção, mas, com uma medalha de ouro olímpica e outra de prata, disse como gostaria de ser lembrado como jogador da seleção brasileira de vôlei. “Um jogador que fez tudo pela seleção.” (Da Redação)
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