Eterna dissidência peemedebista, o senador Pedro Simon (RS), resolveu abandonar a candidatura de Dilma Rousseff, do PT, e declarar apoio a Marina Silva, do PV. A decisão de Simon surpreendeu até seus auxiliares mais próximos, mas é uma decorrência da posição do PMDB do Rio Grande do Sul, que, desde o início, resolveu declarar-se neutro com relação às eleições presidenciais.
Simon e Marina articularam o apoio desde ontem (23). Depois da primeira conversa por telefone, Marina pegou o avião e desembarcou pela manhã em Porto Alegre. Passou a manhã numa reunião fechada com Simon. Em seguida, os dois almoçaram juntos e combinaram o anúncio formal do apoio agora à tarde. E Simon, então, comunicou sua decisão ao candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Sul, José Fogaça.
“Voto é uma decisão pessoal. Considero Marina o melhor nome na disputa presidencial. No caso do partido no Rio Grande do Sul, ele continuará neutro”, disse Simon.
A direção nacional do PMDB também foi pega de surpresa. Mas resolveu que não comentará a nova dissidência. “É preciso respeitar a posição do senador, como respeitamos outras dissidências, como Orestes Quércia e André Puccinelli”, disse um assessor da presidência do partido. Quércia – que desistiu da candidatura ao Senado em São Paulo para tratar de um câncer – e Puccinelli – governador do Mato Grosso do Sul e candidato à reeleição – declararam apoio a José Serra, do PSDB.
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