Foi protocolado às 17h18 desta quarta-feira (13), na Secretaria Geral do Congresso Nacional, o pedido de criação da CPI da Navalha, para investigar se congressistas estariam envolvidos no esquema que fraudava licitações e desviava recursos públicos. A comissão parlamentar, caso seja realmente criada, será mista, ou seja, formada por deputados e senadores. Trinta senadores e 172 deputados apóiam a investigação.
Levaram a lista com as assinaturas os parlamentares responsáveis pela coleta: o senador José Nery (Psol-PA) e os deputados Augusto Carvalho (PPS-DF) e Júlio Delgado (PSB-MG) – os deputados do Psol Chico Alencar (RJ) e Ivan Valente (SP) também estiveram presentes. O requerimento de criação da CPI deverá ser lido na próxima sessão do Congresso, mas desde que se mantenha o número de assinaturas. Se parlamentares retirarem o nome da lista – e o número não for suficiente, 171 deputados e 27 senadores – a Secrearia Geral a devolve para os signatários.
Há, portanto, prazo para a manifestação de congressistas arrependidos, pois a sessão deve ser convocada na próxima semana. Quem ainda não assinou, contudo, ainda pode acrescentar, direto na secretaria.
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Pressão para retirada
Segundo um deputado da base governista que não quis se identificar, houve vários deputados que assinaram o requerimento de criação da CPI e levaram seus nomes ao líder do governo, José Múcio Monteiro (PTB-PE), para este coordenar as retiradas. "Foi tudo combinado, inclusive o horário da protocolação. A CPI não deve durar 24 horas", afirmou. (Lucas Ferraz)
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