O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, fez hoje (5), em reunião da coordenação política com o presidente Lula, uma avaliação "positiva" das eleições à presidência da Câmara e do Senado. Tarso destacou que o governo precisa, agora, trabalhar para unificar a base.
Além de Lula e Tarso, participaram da reunião os ministros da Fazenda, Guido Mantega; da Casa Civil, Dilma Rousseff; da Secretaria Geral, Luiz Dulci; e da Justiça, Márcio Thomas Bastos.
O governo conta com os aliados para aprovar as medidas de implantação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê um total de R$ 503 bilhões em investimentos nos próximos quatro anos.
Após o encontro, Bastos teve audiência em separado com Lula. De acordo com assessores, o ministro teria discutido nomes para sucedê-lo. Um dos nomes mais cotados para assumir o cargo atualmente ocupado por bastos é o de Tarso Genro.
No entanto, o nome do ministro das Relações Institucionais encontra resistências dentro e fora do PT, devido a apresentação de um documento em que Tarso defende o afastamento do partido de acusados de participação em escândalos.
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Lula quer Bastos no governo até depois do Carnaval
O presidente Lula pediu hoje (5) ao ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, para que ele continue no governo até a conclusão da reforma ministerial, que deve ocorrer somente depois do Carnaval. Lula e Bastos se encontraram hoje no Palácio do Planalto.
Bastos oficializou o seu pedido de demissão logo após a reeleição de Lula. Em meados de dezembro, o porta-voz da Presidência da República, André Singer, disse que Bastos permaneceria no governo até o final de janeiro.
Lula admitiu na sexta-feira passada que a reforma ministerial não começará tão cedo. "A reforma ministerial não começa na segunda-feira porque eu não estou com pressa de começar a reforma", afirmou o presidente durante inauguração de uma estação de tratamento de esgoto em Campinas.
Essa é a quarta vez que o presidente adia o anúncio da reforma ministerial. Entre os cotados para assumir o Ministério da Justiça, estão o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro; o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda Pertence; e o ex-ministro do STF Nelson Jobim.
Campo Majoritário não altera rumos do PT
Reunião do Campo Majoritário do PT, encerrada ontem (4) em São Roque (SP), acentuou a divisão interna do partido, além de deixar claro que poucos integrantes da legenda estão interessados em alterar rumos e debater a fundo as crises recentes da sigla.
Em um debate fechado, o presidente do PT paulista, Paulo Frateschi, reclamou do “preconceito” que a banda paulista do partido está recebendo desde a vitória do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pela presidência da Câmara. Como mostrou o Congresso em Foco (leia mais), a tendência do novo presidente da Casa Legislativa poderá ser fortalecer a frente paulista no cenário nacional.
Frateschi também afirmou que o partido não precisa da “refundação” proposta pelo ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro (leia mais). O pronunciamento de Frateschi causou constrangimento nos presentes, dentre eles, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. “Essa questão de paulistização do PT é uma grande bobagem. Somos um partido nacional”. Garcia ainda disse que a disputa com Tarso “é factóide da imprensa”.
O texto final do encontro, a ser concluído nesta semana, não prega grandes mudanças. O texto diz que é preciso aprofundar discussões para o 3º Congresso Nacional do PT, que será realizado entre 6 e 8 de julho, além de defender o governo Lula.
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