O presidente interino do PT, Tarso Genro, disse há pouco, em nota à imprensa, que o crime de caixa dois “é um sintoma grave, mas meramente tributário”. A declaração foi uma tentativa de rebater outra nota, emitida antes pelo PFL e PSDB, que critica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por tentar classificar a crise política como “um simples caso de caixa dois”.
Segundo Tarso, o PT assume ter cometido um erro ao utilizar recursos não declarados em campanhas eleitorais. Porém, defende que as investigações se estendam a todos os partidos e afirma que a corrupção no Brasil também foi “sistêmica” – mesmo termo utilizado na nota emitida pelos dois partidos de oposição – nos últimos dez anos, durante os governos Fernando Collor (1991-1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Confira a íntegra da nota divulgada pelo presidente do PT:
“A corrupção sistêmica adquiriu seu ponto mais alto, na História do país, nos últimos 10 anos dos governos Collor e FH. O que o PT quer não é limitar as investigações do caixa 2. Pelo contrário. O que queremos é desvendar este sistema histórico de corrupção, do qual o caixa 2 é um sintoma grave, mas meramente tributário.
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A nota do PSDB/PFL, na verdade, externa é o temor de que as investigações se aprofundem e cheguem, por exemplo, na origem dos recursos da compra de votos para a reeleição de FH e abram o “esquema mineiro de financiamento”, que desmascararia os moralistas de última hora.O PT não só quer assumir suas responsabilidades e pegar pelos seus erros, mas quer também ajudar a limpar todo o país.”
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