Durante a análise dos embargos de declaração apresentados pela Câmara contra a decisão do STF sobre o rito do impeachment, Gilmar disse que, em dezembro, a corte deu um fôlego à petista ao anular a formação da comissão especial processante e determinar um novo rito para a análise da denúncia. “Não se salva quem não quer se salvar. [Foram buscar um] tutor que vem com problemas criminais muito sérios”, disse o ministro, em referência a Lula.
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Na visão do ministro, que tem feito diversas críticas ao governo dentro e fora do plenário, a corte deverá analisar o caso de Lula assumir um ministério. Entre a oposição, a reclamação reside no fato de que o petista teria aceito entrar para o primeiro escalão de Dilma Rousseff para escapar da investigação pela força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, e o consequente julgamento pelo juiz federal Sérgio Moro.
“Tema que vamos ter aqui no Supremo para analisar”, comentou Gilmar. Para ele, a nomeação de Lula para ministro da Casa Civil muda “inclusive a competência da Justiça Federal”. O ex-presidente é investigado pela Lava Jato por conta do triplex no edifício Solaris, no Guarujá, e pelo sítio em Atibaia (SP). Nenhum dos dois está no nome do petista, mas existe a suspeita de ocultação de propriedade como forma de pagamento de propina, o que é negado por Lula.
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