Em entrevista a um pool da Rede Católica de Rádio, o presidente Lula comparou ontem (7) os parlamentares acusados de envolvimento com o mensalão aos arcebispos dom Paulo Evaristo Arns e dom Helder Câmara, alvos de difamação durante a ditadura militar.
"Passaram-se o anos e as calúnias levantadas contras essas pessoas nunca foram provadas”, disse o presidente ao responder a uma pergunta sobre “questões éticas” em seu primeiro governo. “Os caluniadores não querem provas, eles só querem caluniar”, completou.
Depois de dizer que havia “uma certa frustração no modo como o governo tratou, no mandato passado, a questão dos escândalos", um dos entrevistadores, o padre César Moreira, perguntou ao presidente se ele achava que tinha feito tudo o que deveria ter feito.
Lula disse que "o presidente da República não é policial nem tem papel de juiz" e que a Justiça é que vai decidir quem é ou não culpado. "Na verdade, teve muitas coisas que foram colocadas a público sem nenhuma veracidade, sem nenhuma prova, sem nenhum argumento que pudesse dizer: isso é verdadeiro", acrescentou. (Edson Sardinha)
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