A Secretaria de Fazenda de Alagoas afirmou ontem (27) ter enviado todas as informações sobre as atividades comerciais do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A Polícia Federal reclamava do atraso na entrega dos documentos para poder concluir uma perícia sobre os papéis a pedido do Conselho de Ética da Casa. Renan é investigado por ter despesas pessoais pagas por uma empreiteira. Hoje (28) pela manhã, trabalhadores rurais desocuparam uma fazenda no senador em Alagoas.
Os documentos foram entregues pela secretaria de Fazenda ao Conselho de Ética, segundo a Folha Online. “Não foi problema nosso [se o conselho não encaminhou os documentos à PF]. Mandamos dentro do tempo estipulado”, disse o superintendente do Ministério da Agricultura em Alagoas, José Évio Lopes Lima, segundo a Folha Online. Ontem, a Polícia Federal confirmou o recebimento, informou hoje o Correio Braziliense.
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Renan é acusado de ter suas despesas pessoais pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior. Para comprovar ter renda suficiente, apresentou ao Conselho de Ética recibos de venda de gado. Mas reportagem de televisão mostrou que parte dos supostos compradores de boi de Renan não existia. Perícia preliminar da PF também mostrou inconsistência nos documentos do presidente do Senado.
Invasão
Hoje pela manhã, a fazenda Boa Vista, que pertence a Renan e fica em Murici (AL), foi desocupada pelos últimos dos 400 trabalhadores rurais que a invadiram no início da semana. Segundo o portal G1, a retirada dos invasores começou na sexta à noite.
A ocupação da propriedade aconteceu dia 24, com a participação da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Movimento dos Sem-Terra (MST), do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) e do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade. O motivo da ação, ainda segundo o portal, era exigir uma intervenção cartório onde se forjavam documentos para fazer grilagem de terras na região.
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