A Aeronáutica registrou 796 casos de quase-colisões entre aviões entre 1998 e julho deste ano. Só no ano passado, foram 80, dos quais 41 classificados como "risco crítico", diz reportagem da Folha de S. Paulo.
De janeiro a julho deste ano, ocorreram 22 quase-colisões aéreas, definidas no Brasil como a infração do espaço de segurança em volta de um avião – com 20 km de largura e 600 metros de altura, relata a repórter Leila Suwwan.
A gravidade desses incidentes é conferida por uma investigação interna. Dependendo do tipo de falha que causa a proximidade, e não necessariamente a distância entre os aviões, é feita a classificação entre risco "potencial" e risco "crítico".
O Comando da Aeronáutica divulgou as informações após o surgimento de relatos e documentos descrevendo riscos de segurança e algumas quase-colisões semelhantes à do acidente do vôo 1907 em 29 de setembro, que deixou 154 mortos.
O governo, no entanto, não fornece oficialmente nenhum detalhe sobre os locais ou aviões envolvidos nas estatísticas, ao contrário do que ocorre em outros países.
Segundo as informações divulgadas pela Aeronáutica, o número de incidentes no país vem caindo nos últimos anos. Em números absolutos, a média entre 1998 e 2001 foi de 113 quase-colisões por ano. Entre 2002 e 2005 foi de 81.
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O dado deve ser considerado ao lado do volume de tráfego do país a cada ano. No Brasil, são cerca de 4 milhões de movimentos aéreos por ano.
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