Terminou há alguns minutos, na CPI dos Correios, o depoimento do ex-diretor Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) Carlos Murilo Goulart Barbosa Lima, que era responsável pela área de Transportes e Riscos e Sinistros no instituto. Pouco antes de encerrar sua participação na sub-relatoria do IRB, Lima disse que não houve nenhuma interferência política – nem da diretoria do instituto – para o pagamento de R$ 14 milhões à Companhia Fiação e Tecidos Guaratinguetá, onde ocorreu um incêndio em 2003.
Ainda de acordo com Lima, vários peritos analisaram e nenhum deles constatou nenhum indício de "falcatrua" para forjar o incêndio. Ele também reconheceu que a assessoria jurídica do IRB recomendara que não fosse pago o seguro pedido à Companhia Fiação e Tecidos Guaratinguetá, para ressarcir os prejuízos ocorridos com um incêndio na fábrica. Porém, segundo Lima, a mesma assessoria fez na época (2003) advertência de que a Guaratinguetá receberia um seguro até maior do que o solicitado se entrasse na Justiça.
O depoente afirmou que a empresa pedira inicialmente R$ 40 milhões, mas um acordo com o IRB fez o valor baixar para R$ 18 milhões. Entretanto, o instituto acabou desembolsando R$ 14 milhões para a Guaratinguetá, em três parcelas.
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O ex-diretor salientou ainda que na época as diretorias do IRB – colegiada e administrativa – aprovaram o pagamento por unanimidade, inclusive com a concordância das grandes companhias representadas no conselho administrativo, que são Bradesco, Unibanco e Sulamérica.
O sub-relator do IRB na CPI, deputado Carlos Willian (PMDB-MG), avaliou que as respostas de Lima foram boas, mas só ao final dos trabalhos da comissão é que será possível chegar a uma conclusão.
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