O ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentou hoje (5) ao presidente Lula um pacote de medidas que prevê R$ 8 bilhões em investimentos nos próximos quatro anos para fortalecer, principalmente, a educação básica. "Embora nós não abdiquemos da visão sistêmica da educação, é preciso verificar que o sistema como um todo tem que centrar sua energia na melhoria da educação básica", afirmou Haddad após a reunião com o presidente.
O pacote, que foi batizado de Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE), reúne cerca de 20 iniciativas. A liberação dos recursos da União vai depender do cumprimento de metas estabelecidas no programa.
“A União dará apoio técnico a todos os municípios, mas o apoio financeiro dependerá de um recorte feito pelo índice criado pelo programa”, disse o ministro.
Entre as medidas previstas, está a criação de um Plano de Ação Integrada com os municípios para melhorar a qualidade do ensino e condicionar a entrega dos recursos, a capacitação de professores e a criação de conselhos escolares.
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Na próxima semana as medidas previstas no PDE passarão pela análise de educadores e voltarão ao presidente Lula antes de serem divulgadas. Haddad espera anunciar o programa até o final deste mês.
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Lula reúne-se com Geddel e Jaques Wagner
O presidente Lula se reuniu hoje (5) com o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). O peemedebista, que é cotado para ser o novo ministro da Integração Nacional, chegou acompanhado do governador Jaques Wagner (PT-BA).
O parlamentar baiano atuou na oposição durante o primeiro mandato do presidente Lula. No entanto, ele mudou de posição nas últimas eleições e se aliou a Jaques Wagner contra o grupo do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL).
Especula-se que o governador baiano teria dado o aval para que o peemedebista se torne ministro. A indicação de Geddel também é avalizada pelo PMDB da Câmara.
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Lula recebe representante da ONU para Meio Ambiente
O diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, reuniu-se hoje (5) com o presidente Lula e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no Palácio do Planalto. Ele citou a experiência brasileira no combate ao desmatamento florestal e nos projetos de biocombustíveis, explica reportagem de Tiago Pariz, do portal G1.
“O Brasil tem uma enorme fonte de experiências em energia limpa, redução do desmatamento e pode ser o catalisador de um novo consenso entre os países nas discussões ambientais”, afirmou após o encontro.
Steiner defendeu mudanças nas metas de redução de emissão de gás carbônico. “A União Européia não cumpre metas porque os Estados Unidos não mudam a sua lógica. Os Estados Unidos não reduzem a emissão de gás carbônico porque a China não se compromete com metas. E a China e o Brasil olham para os Estados Unidos e não se empenham. Essa paralisia não é mais aceitável nem racional”, afirmou.
A ministra Marina Silva reafirmou que o governo prepara um Plano Nacional de Combate à Mudança Climática que prevê novas medidas para reduzir a emissão de gás carbônico. “A idéia é que o plano aprofunde as medidas já feitas, amplie as contribuições dos outros ministérios e crie medidas novas”, afirmou Marina.
Governo apresentará proposta de reforma tributária
O governo vai apresentar amanhã (6) aos governadores uma proposta preliminar de reforma tributária com pontos principais e um cronograma para aprovação. A informação é da Agência Estado.
"Vamos apresentar os princípios básicos de uma reforma tributária sofisticada no Brasil", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele disse acreditar que os governadores estarão abertos para uma discussão produtiva, assim como está o governo.
Segundo o ministro, é preciso criar um sistema de compensação mais eficiente que o atual sobre as perdas que os estados têm com a desoneração. A idéia é permitir uma devolução mais rápida de créditos do ICMS aos exportadores.
O ministro também afirmou que a reforma tributária não pode ser implementada de imediato, mas em etapas. Segundo ele, na reunião desta terça estas etapas deverão ser discutidas.
Crise na China fortaleceu Meirelles, avalia Lula
Para o presidente Lula, a queda na Bolsa de Xangai, que provocou uma reação em cadeia nos mercados mundiais, silenciou as queixas em relação ao conservadorismo da política monetária do país e fortaleceu o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Segundo relato feito por um interlocutor do presidente ao jornal O Estado de S. Paulo, a turbulência nos mercados serviu para mostrar que a linha conservadora adotada pelo BC na condução da política de juros está correta.
“Não se pode dar um passo maior do que a perna”, disse um auxiliar do presidente, lançando mão de uma frase que o próprio Lula costuma usar. De acordo com esse assessor, embora acredite que haja espaço para uma queda maior dos juros, Lula não pretende opinar sobre futuras decisões do BC a respeito das taxas e orientou seus auxiliares a fazerem o mesmo.
O presidente está convencido de que preservar a autonomia da autoridade monetária e mantê-la distante de ingerências políticas é o melhor a fazer, contam as repórteres Tânia Monteiro e Sônia Filgueiras.
O abalo no mercado acionário chinês chegou às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom), que decide entre amanhã e quarta-feira a taxa básica de juros (Selic) válida para os próximos 40 dias.
Técnicos da área econômica asseguram que as condições da economia brasileira são mais robustas hoje. As reservas cambiais se aproximam dos US$ 105 bilhões e a dívida pública interna indexada ao câmbio representa uma ínfima parte do total (1,3% da dívida pública interna em poder do público). Ou seja, mesmo na hipótese de maior desvalorização do real ante o dólar, os custos para o Tesouro não seriam relevantes.
Desemprego cresceu mais entre os jovens
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