Os organizadores da Parada Gay de São Paulo prometeram denunciar, ainda esta semana, ao Ministério Público Federal (MPF) deputados da Bancada Evangélica que protestaram contra a manifestação LGBT. Os parlamentares levaram ao plenário cartaz com compilação de fotos do evento, mas que também continham registros de outras manifestações que sequer ocorreram no Brasil.
A Associação da Parada do Orgulho LGBT (APOLGBT) declarou, por meio de nota divulgada neste sábado (13), que irão pedir que os parlamentares envolvidos com o protesto sejam investigados por incitação ao ódio e “desrespeito explícito ao Estado Laico”. “A Parada do Orgulho LGBT não busca em suas manifestações ofender a nenhum segmento da sociedade. É evidente a manipulação das imagens e informações com o objetivo de tirar o foco da luta pelos direitos da população LGBT”, completa o comunicado.
Conforme divulgou o site de notícias BrasilPost, a Associação da Parada do Orgulho LGBT (APOLGBT) defendeu um dos atos que mais gerou polêmica entre os parlamentares da bancada: a encenação da crucificação de Jesus Cristo pela transexual Viviany Boloboni. Para a associação, foi uma forma de protesto contra “a crucificação diária vivida” pelos homossexuais em todo o Brasil.
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“A APOGLBT não considera a intervenção uma desmoralização aos cristãos como querem alguns, o que vimos foi o retrato do abandono social que vivem as pessoas transgêneros no Brasil”, disse a nota.
A associação também criticou abertamente o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), acusando-o de “mal-intencionado” ao usar imagens que não eram da Parada Gay de SP em sua página de rede social.
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