O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou nesta terça-feira (30) que vai protocolar na Procuradoria-Geral da República (PGR) representações por crime de extorsão contra a presidente Dilma Rousseff e contra o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.
As representações tomam como base a delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa. O empreiteiro afirmou aos investigadores da Lava Jato que repassou R$ 7,5 milhões desviados da Petrobras para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, atendendo a pedido de Edinho Silva, responsável pelas finanças da candidatura. Pessoa também diz ter repassado R$ 3,6 milhões, em caixa dois (recursos não contabilizados na prestação de contas), para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e para José de Fillipi, que foi o tesoureiro da campanha de Dilma em 2010 e de Lula em 2006.
A oposição também pretende ingressar com uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) por conta das “pedaladas fiscais”. “É evidente o quadro de ingovernabilidade hoje no país. Ninguém quer isso mais. Todo mundo está atônito e não é justo que todas as forças políticas e a pressão de um governo seja exercida no sentido de manter uma presidente que não tem credenciais para representar a população”, ponderou Caiado.
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Caiado defendeu abertamente o afastamento da presidente Dilma. “Diante da delação do empresário Ricardo Pessoa, ficou claro o quadro de extorsão e da metodologia aplicada pelo PT para utilizar o Estado como máquina e aparelho de governo. Isso é mais do que suficiente para o afastamento da presidente e a convocação de novas eleições. Até porque o caixa de campanha compromete toda a chapa e, como tal, caindo a chapa, nós teremos a antecipação das eleições para presidente”, argumentou.
Nesta terça-feira o Senado também aprovou requerimento para Edinho Silva prestar explicações na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado.
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